segunda-feira, 25 de junho de 2012

Bandeira da Associação dos Oficiais da Marinha Mercante (Réplica)

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A partir de agora, os Oficiais da Marinha Mercante, se alguma vez estiveram preocupados com o estado de conservação da sua bandeira, podem passar a deixar de o estar.
No passado dia 1, chegou uma réplica da Bandeira da Associação dos Oficiais da Marinha Mercante de Ílhavo à sede dos AMI, por estes, encomendada.
À semelhança do que aconteceu em 1926, escolhemos uma firma do Porto, conceituada, a BDR, Bandeiras & Mastros, que executou com primor e perfeição uma réplica da dita peça, depois de uma observação muito atenta da original, que incluiu medições rigorosas e imensas fotografias de pormenor.


Adorno completo



Depois de escolherem os materiais mais idênticos e adequados ao trabalho, ainda tiveram o cuidado de nos enviarem alguns para se certificarem se estariam de acordo com o que pretendíamos.
Claro, neste caso, bordada à máquina, porque de uma réplica se trata, respeita fielmente a original, tendo sido orçamentada pelo valor de 504.30 €.
Tem uma aparência demasiado nova, porque o é… mas o desfile em algumas procissões do Senhor Jesus dos Navegantes, sujeitas ao tempo e surriada da Malhada, no actual percurso, dar-lhe-ão, aos poucos, um ar mais envelhecido.
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Imagem de pormenor…



Os interessados na observação da obra de arte, porque de uma obra de arte se trata, poderão fazê-lo na nossa Igreja Matriz, por alturas dos festejos do Senhor Jesus dos Navegantes e, nomeadamente, na procissão, que ocorrerá no primeiro domingo de Setembro, como é hábito.
Enquanto isso, o restauro das três bandeiras originais, a da Associação dos Oficiais da Marinha Mercante (1921-1926), uma mais antiga do tempo da monarquia, provavelmente, mandada bordar, aquando da criação do Grémio Marítimo Ilhavense, em 19 de Março de 1899 e a da Associação dos Marinheiros, bordada em 1926, pelas hábeis mãos de Leonilde da Velha encontram-se num restauro mais demorado e bastante mais dispendioso por uma Técnica Superior de Conservação e Restauro do Instituto José de Figueiredo, em Lisboa.
Segundo julgamos, virão a ser expostas no MMI, depois de estudado o modo conveniente de o fazer.
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Fotografias – Da autora do blog

Ílhavo, 24 de Junho de 2012

Ana Maria Lopes
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sábado, 16 de junho de 2012

«Ancinheiro» - uma profissão extinta

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No tempo em que o barco moliceiro ainda era barco de trabalho, uns dos aprestos preparados pelo dono eram os ancinhos, popularmente também apelidados de encinhos ou incinhos.
Ancinhos de arrastar ou gadanhões, muito grandes, de cujas metades partidas se confeccionavam os rapões, e ancinhos de mariscar, genericamente, eram todos conhecidos por ancinhos.


Desde os antigos ancinhos de arrastar, nos últimos tempos da actividade moliceira, passou a haver uma grande liberdade na execução dos mesmos  dimensões apropriadas aos locais em que eram usados, consoante as forças do proprietário, e com dentes de madeira, mais tarde, de ferro, a gosto e vantagens. Evoluções…mas nem assim resistiram.
Foi-se o património material e o imaterial, melhor dizendo, deliu-se.
Quando a quantidade de moliceiros o justificava até havia «ancinheiros» ou «incinheiros» pelas redondezas, que se ocupavam da execução destes aprestos, e que se deslocavam ao mercado de Estarreja e às feiras da região. Todos se compunham de cabo, pente e dentes.

Nos tais derradeiros tempos da faina moliceira, os camaradas tinham que se «desenrascar» e, por precaução, ter «consultório», a bordo, preparado para «reconstruções» e «implantes».

Quando os dentes partiam durante a faina, era o próprio camarada que os substituía. Com o cavirão retirava o resto do dente partido junto à pata (parte mais grossa do dente). Seguidamente, com o auxílio da podoa e da enxó, fazia e aplicava o novo dente.



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Assim fosse tão fácil com a dentição humana!!!!!!!!!!!
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Que dureza e que beleza!

Os ancinhos de arrastar eram adaptáveis obliquamente aos bordos da embarcação, em número não inferior a dois, nem superior a quatro, com o auxílio da forcada e da tamanca. E isto o que será? – caso para perguntar.

Fotografias – Arquivo pessoal da autora

Ílhavo, 16 de Junho de 2012
Ana Maria Lopes
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terça-feira, 12 de junho de 2012

Presença na Feira do Livro de Aveiro - 2012

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Hoje em dia, a divulgação livreira é necessária, segundo as editoras. Vamos com os tempos.

Nessa óptica, lá estivemos presentes na Feira do Livro, em Aveiro, no Rossio, no passado dia 10 de Junho, pelas 17 horas, em sessão de autógrafos de Moliceiros – A Memória da Ria, em reedição revista e actualizada, com fotografia de Paulo Godinho.



  

O livro encontra-se à venda nas principais livrarias de Aveiro, na loja do MMI, bem como noutros pontos do país, em que se achou conveniente, para sua divulgação e agrado de possíveis interessados.

E, para surpresa nossa, lá estava a Localvisão, para a entrevista da praxe.

Novas experiências…num Junho chuvoso, em que as Feiras do Livro não têm tido a afluência desejada pelos editores e livreiros.

Aqui está:

Ílhavo, 12 de Junho de 2012

Ana Maria Lopes
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